Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Antes da oração do Ângelus, o Papa Francisco comentou o Evangelho do
dia, que nesta ocasião descreve o episódio de Jesus em que, depois de
ter rezado a noite toda à margem do mar da Galilei, dirige-se para a
barca de seus discípulos, caminhando sobre as águas.
“Esta narração contém um rico simbolismo e nos faz refletir sobre nossa
fé, quer como indivíduos, quer como comunidade eclesial”, assegurou.
“A barca é a vida de cada um de nós, mas também a vida da Igreja,
o vento contrário representa as dificuldades e as provações” e “o grito
de Pedro se assemelha muito ao nosso desejo de sentir a proximidade do
Senhor, mas também o medo e a angústia que acompanham os momentos mais
difíceis de nossa vida e de nossas comunidades, marcadas pela
fragilidade interna e por dificuldades externas”.
Francisco explicou que a Pedro, “nesse momento, não basta a palavra
segura de Jesus, que era como a corda estendida à qual agarrar-se para
enfrentar as águas hostis e turbulentas. É o que pode acontecer a nós
quando não se agarra à palavra do Senhor, mas se consultam horóscopos e
cartomantes, começa-se a ir para o fundo”.
“O Evangelho de hoje – continuou –, nos recorda que a fé no Senhor e na
sua palavra não nos abre um caminho onde tudo é fácil e tranquilo, não
nos poupa das tempestades da vida”, mas que “a fé nos dá a segurança de
uma Presença que nos leva a superar as tormentas existenciais, a certeza
de uma mão que nos agarra para ajudar-nos a enfrentar as dificuldades,
indicando-nos o caminho, mesmo quando é escuro”.
Em resumo, a fé “não é uma escapatória dos problemas da vida, mas sustenta no caminho e lhe dá um sentido”.
O Papa também comparou a barca com a própria Igreja, que deve fazer
frente à tempestade e que “a garantia contra o naufrágio e a fé em
Cristo e na sua Palavra”.
“Sobre esta barca estamos a seguro, apesar de nossas misérias e
fraquezas, sobretudo quando nos colocamos de joelhos e adoramos o
Senhor, como os discípulos”
Fonte: ACI Digital
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