Cracóvia (RV) - Tudo pronto em Cracóvia para a chegada, amanhã,
quarta-feira, do Papa Francisco. Uma visita muito aguardada por ocasião
da 31ª Jornada Mundial da Juventude no Jubileu da Misericórdia. Pela
primeira vez, o Pontífice argentino estará na terra natal de São João
Paulo II. E precisamente a Karol Wojtyla "artífice das JMJ" será
dedicada a cerimônia de abertura do evento com a Missa presidida, no
final da tarde de hoje, pelo Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Stanislaw
Dziwisz.
“É preciso levar ao mundo o fogo da misericórdia”. A exortação de São
João Paulo II retorna hoje a ressoar na sua Cracóvia. Precisamente ao
iniciador, o artífice da JMJ, dedica-se - na véspera da chegada do Papa
Francisco à Polónia - a cerimônia de abertura da 31ª Jornada Mundial da
Juventude centralizada no tema “Bem-aventurados os misericordiosos,
porque eles alcançarão misericórdia”. Antes da grande missa celebrada
pelo histórico Secretário de Karol Wojtyla, o Arcebispo de Cracóvia
Stanislaw Dziwisz, será realizada uma sugestiva peregrinação da “Chama
da Misericórdia”, que de Lagiewniki, lugar que lembra imediatamente St.
Faustina Kowalska, chegará ao grande parque de Błonia, no centro de
Cracóvia, onde será celebrada a Missa de abertura da JMJ.
Em seu caminho, a Chama da Misericórdia vai tocar todos os lugares
significativos da vida de São João Paulo II, da igreja de São Floriano,
onde foi jovem sacerdote à catedral na colina de Wawel Hill, que, de
1963 a 1978, foi a "sua" igreja quando era pastor da arquidiocese de
Cracóvia. Presentes na Missa - em que se prevê a participação de mais de
500 mil jovens -, como é tradição, os símbolos da Jornada Mundial da
Juventude: a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora “Salus Populi Romani”,
enquanto alguns jovens vestirão camisetas com logotipos das edições
anteriores da JMJ.
A cidade, com suas longas avenidas e grandes parques, já foi invadida
pacificamente por uma multidão de jovens festivos, enquanto para
garantir a segurança dos eventos, as autoridades previram o deslocamento
de 40 mil membros das forças de ordem. Com a cerimônia de abertura no
final da tarde de hoje, poderá ser visto o "mosaico de misericórdia e
harmonia", do qual Francisco falou há poucos dias na sua vídeo-mensagem à
Polônia. Um mosaico que amanhã, com a chegada do Papa, será ainda mais
enriquecido neste Ano Santo que precisamente em Cracóvia, "a capital da
divina misericórdia", irá viver o seu Jubileu dos Jovens.
Grande, é evidente, a ênfase que todos os meios de comunicação poloneses
reservam à visita iminente de Francisco, dez anos depois da visita
apostólica do Papa Bento XVI e 14 anos após a última visita de Karol
Wojtyla à sua Polônia natal: JPII visitou 9 vezes o seu país durante o
seu pontificado. De alguma forma, a 15ª viagem apostólica internacional
do Papa Bergoglio está estruturada em três dimensões: além dos eventos
da JMJ, de fato, emerge o encontro do Papa com a Igreja e a nação
polonesa, nos 1050 anos do Batismo do Polônia, e, naturalmente, a visita
a Auschwitz-Birkenau, que será marcada pelo silêncio e pela oração. Um
momento tocante, para o qual o Papa pediu o "dom das lágrimas", e que
deverá ser uma das etapas mais significativas não só desta viagem, mas
de todo o pontificado do Papa Francisco. (SP)
(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano
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