A médica
sanitarista e uma das fundadoras da Pastoral da Criança, dra. Zilda
Arns, deve ter seu processo de beatificação iniciado em janeiro de 2015.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a Arquidiocese de
Curitiba preparam a documentação que deve ser enviada ao Vaticano em
janeiro de 2015, quando se completam exatamente 5 anos de sua morte,
ocorrida no terremoto que devastou o Haiti em 2010.
Em entrevista ao A12, Dom Aldo di Cillo Pagotto, Arcebispo metropolitano
da Paraíba e presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança,
explica que o processo seguirá as normas da Santa Sé. “O arcebispo
diocesano fará todo esse encaminhamento. É preciso realizar a postulação
junto à Congregação para a Causa dos Santos e, só então, poderão ser
reconhecidas, nesse processo longo, as virtudes daquela pessoa que
poderá ser declarada serva do Senhor e depois beatificada e
santificada”.
Dom Aldo também falou sobre a importância do legado pastoral de Zilda Arns:

“Ela recebeu de Deus um grande carisma maternal, de ir ao encontro
daqueles mais marginalizados, sem oportunidades na vida, e onde a vida
está ameaçada. Atendendo ao pedido do Cardeal Dom Evaristo Arns, seu
irmão, atuou incansavelmente contra a mortalidade infantil, a violência e
a marginalização. A mortalidade infantil é violência cruel. Ela, como
médica sanitarista e pediatra, elaborou e aplicou práticas essenciais e
simples como a multimistura, o soro caseiro e, cientificamente, a
vacinação. Dra. Zilda tinha esse carisma de atender em todos os recantos
do Brasil e em outros países, tinha uma intuição profética de formar
novas lideranças”.
Congresso de 30 anos – Nesta sexta-feira (02), Dom Aldo
Pagotto presidiu a celebração de encerramento do congresso nacional que
comemora os 30 anos da Pastoral da Criança, realizado durante esta
semana no Santuário Nacional de Aparecida.
A coordenadora nacional da Pastoral, Irmã Vera Lúcia Altoé, fez um
balanço sobre o congresso que reuniu mais de 500 agentes de dez
diferentes países. “Foram dias muito fraternos. O objetivo do congresso
foi cumprido: avaliar estes 30 anos e traçar objetivos e propostas para
abraçar a partir de agora. Sinto que o pessoal sai muito comprometido
com a causa de nossas crianças”, avalia.
A Pastoral atende 1,3 milhões de crianças, mas segundo a coordenadora,
ainda há muito o que fazer: “Precisamos aumentar o número de crianças
atendidas e também de pessoas voluntárias. A meta é atender todas as
gestantes, fortalecendo o projeto “Os primeiros 1.000 dias”, concluiu
Irmã Vera.
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